quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Ao longo de 15 anos

Ooii! Hoje, dia 10/02/10, é um dia muito especial, memorável até eu diria... Hoje, dona Jully faz 15 aninhos o/... E olha, não são apenas 15 anos... são 15 anos de pura aventura pra mim e pra ela logicamente iUHAsiUHAs. Pode-se dizer que a Jully foi minha primeira experiência canina, afinal o cocker que nós tivemos antes dela foi devolvido por destruir todo o apartamento. E como a Jully veio quando eu tinha 4 anos, então a minha memória infantil só alcança até o momente da sua aquisição... Bom, vou começar pelo começo (as vezes é bom):

Um belo dia de sol nós estavamos passeando de carro por campinas (talvez com o objetivo de comprar um cachorro, talvez só andando mesmo, não sei não) quando passamos por uma petshop com uma feirinha de filhotes. Eu, com meus 4 anos, quis parar pra ver né, lógico. Descemos todos na feirinha pra ver todos aqueles filhotinhos... Eu me lembro de ter passado por uma gaiolinha com um salsichinha marrom dentro, fazendo bagunça. Mas depois de umas circuladas por la, foi que eu vi. Eu vi uma coisinha branca, com laçinhos nas orelhas, pulando dentro de um cercadinho. Que menina não ia querer uma coisinha toda branquinha com laçinhos rosas?? Foi aí que coloquei em prática minhas chantagens de criança, e depois de muito "eu quero, eu quero" eu soltei um "ela precisa de mim" IUAHsuihasuh e então a futura Jully foi escolhida.


O dia que ela chegou

Tá, meus pais trataram da burocracia toda de comprar um cachorro... A Jully veio de uma criadora japonesa, seu nome original era "popo", que significa algodão. Bom, na volta, no carro, foi a saga pra escolher um nome... Minhas sugestões de 4 anos eram "algodão, neve" coisas assim... Já o meu irmão queria "cocô"... (LOL) mas no final minha mãe escolheu Jully e ficou (ainda bem)...

De lá pra cá eu aprendi muito com a Jully, e acho que se não fosse por ela, eu seria bem diferente do que sou. Bom, quem me conhece sabe que eu falo que não gosto da Jully, que ela é mala, interesseira (isso ela é =P). Mas no fundo eu amo ela. Minha relação com a Jully é uma coisa de amor e ódio eu diria... mas isso vem de loonge: eu, com meus 4 anos, adorava aquela bolinha de pelos branquinha e, logicamente, queria pegar no colo, segurar, apertar.. e, logicamente, a Jully não gostava de ser apertada.... e assim começou a aversão da jully à mim IAUHSuiAHs e é por isso que até hoje ela foge de mim... e até hoje eu persigo ela, e quero apertar (ninguém mandou ela ser tãão gostosa =P) Mas sabe... no fundo no fundo, uma não vive sem a outra... A Jully foi minha cobaia em vááárias experiências, e eu fui a salvacao da Jully em váárias ocasiões. Vamos exemplificar:
As experiências:
-Foi com a Jully que eu descobri que dá pra ouvir o coração do cachorro pelo nariz;
-Foi com ela que eu comprovei que quando a gente encosta no bigode do cachorro ele pisca;
-Foi ela que experimentou o Biscoicão horrível (biscoito pra cachorro que eu fiz em casa) pela primeira vez;
-Ela foi o primeiro cachorro que eu pus em prática meus talentos como adestradora (ensinei ela a sentar quando ela tinha 7 anos, eu tinha 11);
-Ela tambem foi a minha cliente n°1 pra banho e corte de pelo (minha mãe não gosta que eu corte o pelo dela, mas meeu, ela precisa enxergaa!);
-Foi com a Jully que eu fiz um circuito (estilo de agility) pelo meu quarto, começando na escrivaninha, descendo pra mesinha, pulando na cama e finalmente chegando ao chão;
-Foi a Jully que eu usei quando eu quis contar quantas costelas um poodle tem (LOL);
-Foi ela tambem que eu usei quando eu quis fazer o "psicológico", que deixava ela brava sem nem encostar, só com os olhos o.O;
-Só a Jully faz um "cigarrinho da juju" como ninguém;
-A Jully foi a "SuperSucesso" da "banda" que eu e meu irmão formamos;
-Era a Jully que a gente jogava na piscina da chácara, porque a gente queria que ela nadasse também;
-E é ela que tem que adivinhar quando o papo é com ela, porque foi tanto apelido que a gente já colocou: Ju, tinha, tiriri, cocotinha, peque-peque, ririri, cachorra, idiota, anã, "aquela coisa que chama jully", ti pikinininha, tifofinha, titinha,timinininha, doida, ti nene, imbecil, "ow", surda, cega, perninha, orelha, verruga, jully gorfo, satelite, nonoteta e outros que eu não lembro agora...

Agora, porque eu sou a salvação da Jully:
-Sou eu que corto os pelos dela quando ela não tá enxergando, quando ela tá escorregando no chão, quando ela suja o pelo;
-Sou eu que vejo quando ela tá passando mal;
-Sou eu que corro com ela no colo até o jornal quando ela tá prestes a vomitar;
-Fui eu que ja limpei vomito escondido no chão pra ela não levar bronca à toa;
-Sou eu quem ela procura quando leva bronca, porque ela sabe que eu protejo ela e faço carinho, mesmo quando ela faz coisa errada;
-Eu acompanhei a cirurgia de retirada do câncer de mama e a limpeza de dente;
-Eu esperei com ela no colo até ela acordar da anestesia;
-Eu tirava o cone dela pra ela poder ficar um pouco mais a vontade pela casa;
-Eu ficava de olho pra ela não mexer nos pontos;
-Fui eu que percebi que ela estava com infecção uterina, quando ela tava sangrando, sendo que ela já não tinha cio;
-Fui eu quem carregou ela sangrando e levou um vomito na calça e na blusa, dentro do carro, na correria pro veterinário, e tive que trocar 3 vezes de roupa e tomar 2 banhos;
-Eu que fiquei esperando a cirurgia terminar na veterinária, chorando com medo da Jully não resistir (ela já tinha 14 anos);
-Eu (e meu irmão) que fomos dormir na sala, no colchão, pra ela poder dormir com a gente, já que ela não podia subir nas camas;
-Eu que passava os remedios nos pontos pra cicatrizar, dava os remedios que ela tinha que tomar (por isso, também, que ela não gosta de mim IAUSHuiAhs);
-Eu que limpei e fiz um curativo provisório na verruga dela que tava machucada;
-Eu que limpo o nariz dela quando tem alguma coisa grudada;
-Era eu que tinha que tirar pedaços de pão que grudavam no céu da boca dela;
-E eu que ponho ela na janela pra ela ver a paisagem, dou resto de danone ou leite ou qualquer outra coisa que eu estiver comendo (afinal eu nao faço só coisas desagradáveis, eu também mimo um poquinho =P)

Dona Jully teve uma real vida de cão: ela ja foi pra praia, ia pra chacara e ficava com o pelo cheio de picao, de grama, de agua de piscina, ela corria atrás de gato, pegava rato, toma sol na varanda, passeia de carro, já quebrou uma perna, come queijo, latia pros cachorros que passam embaixo do prédio, latia quando tocava a campainha, o interfone, arranha a porta quando quer entrar, já comeu enfeites de árvore de natal, já ficou fechada pra fora de casa, já fugiu pelo portão da garagem do prédio, dorme em cima da cama, tem uma caminha só pra ela, enfim, foram 15 anos muito bem vividos... Tá bom que hoje, com sua idade avançada ela já deixou de fazer muitas coisas: ela ja não late pros cachorros, não ouve a campainha, não ouve quando a gente chega em casa, não aguenta mais passear, não tem vontade de passear, não corre atrás de gato, as vezes bate a cabeça nos móveis e também erra no cálculo pra subir na cama... mas a gente dá uma forçinha neh xD... e apesar disso tudo, ela não parece ter a idade que tem: ela tem todos o dentes em ordem, ela ainda corre quando a gente avisa ela que chegou em casa, ela ainda pega bolinha pra brincar e ela ainda pula pra pedir comida. É uma velhinha serelepe.

Bom, quanto a minha relação com a Jully, ela não gosta de mim, porque eu apertava ela, porque eu que trato desse monte de coisa que ela já teve e ainda tem.. e eu não gosto dela porque ela não gosta de mim e só vem comigo quando eu to comendo AIUshuiahs. Então a gente fica nesse impasse... mas no fundo, a hora que ela precisa eu to sempre aqui pra cuidar dela, e eu me preocupo bastante quando ela fica mal... na verdade eu só falo que não gosto dela, mas é lógico que eu gosto =P Ela pode ser velha, ela pode ser surda, ela pode ser meio cega, ela pode ficar suja e fidida, ela pode ficar feia, ela pode ficar só deitada o dia inteiro e não fazer nada, ela pode me irritar quando resolve latir do nada, mas eu ainda vou correr atrás dela pra apertar e abraçar, e eu ainda digo mais: se não fosse por tudo isso que ela viveu, ela não estaria viva até agora e até os 20. Porque eu sei, ela vai chegar nos 20 o/.

Parabéns pra Jullynha! Agora nesse momento, enquanto eu escrevia esse post ela ta aqui do lado, dormindo obviamente xD AUhsuiAHs. Jullynha me viu entrar no porto, me viu indo pra formatura da oitava, me viu pegando recu no ensino medio, me viu indo pra formatura do terceiro, me viu no cursinho e agora tá me vendo indo pra facul. Que a Dijully chegue mais loonge ainda, porque afinal, ela é eterna! s2

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Honey the Bunny

Haa! Postando hoje pra comemorar que já faz um mês que o Honey está comigo ^^
e pra quem não sabe, o Honey é o coelho que a Dora e a J me deram no meu niver dia 07/01/10... Bom, aqui vai uma foto do Honey the Bunny:


Aprontando de montão como vocês podem ver... Não tem uma batata inteira AIUSUIAHsuih ele é um danadinho que eu tanto amo *.*

Ah, só aproveitando o post... eu passei na UNESP! o/ Sim, o ano de cursinho serviu pra alguma coisa afinal... E não foi só isso, eu passei na UNESP e na USP, mas eu vou fazer UNESP... Ontem eu fui na matrícula e já levei tinta UASHuhas mas acho que o trote de verdade é só quando começar as aulas... Depois eu arrumo as fotos que tão com a bixete nati e ponho aqui pra vocês verem ^^

Agora vamos ter posts mais científicos aqui heein =P

Bjoo!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Mais Um do Baú...

Quantos cães são necessários para se trocar uma lâmpada?

Golden Retriever: O sol está brilhando, o dia mal começou, temos toda a vida pela frente e você está enfiado dentro de casa preocupado com uma lâmpada queimada???

Border Collie: Só um. E eu vou trocar toda a fiação que estiver com problemas também.

Dachshund: Eu não consigo alcançar essa lâmpada idiota!!!

Poodle Toy: Deixa comigo, eu vou bater uma linha pro Border Collie e ele resolve tudo. Quando ele terminar de trocar a fiação, minhas unhas já vão ter secado.

Rottweiler: Vai encarar? Vem me fazer trocar!!!

Shi-tzu: Meu bem, me poupe. Deixe a criadagem cuidar disso...

Labrador: Eu, eu, eu, por favor!!! Deixa eu trocar a lâmpada! Posso? Posso? Hein?

Malamute do Alasca: Deixa que o Border Collie troca. Enquanto isso, você pode me dar comida.

Cocker Spaniel: Trocar a lâmpada pra quê? Eu não preciso de luz pra fazer pipi no carpete.

Hound Dog: ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ

Irish Wolfhound: Será que não dá pra arrumar outro pra fazer isso? Estou de ressaca...

Greyhound: A lâmpada não se mexe. Não tô nem aí!

Australian Shepherd (Pastor Australiano): Coloque todas as lâmpadas em um círculo.

Bouvier: Lâmpada? Que lâmpada? Aquele negócio que eu acabei de comer era uma lâmpada???

Pastor Alemão: Eu tomo conta da lâmpada enquanto você decide. Não chegue perto!

Jack Russell Terrier ou Wired Fox Terrier: Eu vou alcançar! Eu SEI que vou conseguir alcançar! Só mais vinte pulos e ela vai ser minha, SÓ MINHA!!!

Mastiff: Mastiffs NÃO têm medo de escuro.

Pointer: Eu tô vendo, tá ali, beeeeeeeeem ali.

Poodle Standard: Nenhum. Eu treinei meus humanos pra fazerem isso.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Texto do Baú

Bom, hoje eu estava fuçando meus antigos blogs com a Jéssica, quando ela me mandou um que eu nem sabia que ainda existia... Então eu comecei a ler as coisas que escrevi nele e achei um texto relíquia e resolvi postar aqui.. espero que gostem:

Dr. Sam Cook - Os cães têm um lugar no nosso coração

As pessoas enviam-me histórias. Escrevem-nas a mão, imprimem-nas no computador ou enviam-nas por e-mail.

Esta semana que passou, recebi uma história de um homem acerca do seu Labrador Retriever. Uma historia tocante e trágica que envolveu uma caça ao faisão no South Dakota, o seu cachorro de 9 anos, uma perna partida, o diagnóstico de um cancro e finalmente a sua morte.

O homem não é escritor, mas contou-me a história muito bem, com detalhes que me transportaram para os campos de South Dakota, para a noitada de regresso a casa numa pick-up e pelos dias de sofrimento até a chegada do momento final.

A história confirmou-me aquilo que nós no fundo já sabemos, que os nossos cães têm um lugar no nosso coração. Se eu fosse realmente esperto, desistia do meu emprego e escreveria apenas sobre cães. Juro que nunca ficaria sem historias de cães, e que não faltaria apetite às pessoas para as ler.

Em relação aos gatos, eu diria que eles têm um lugar no nosso cérebro, lugares nas sinapses responsáveis pelo humor e pela indiferença fingida. Mas os cães, esses têm um lugar no nosso coração.

Em 26 anos, nunca recebi uma história de um gato que morreu!

Não deveria ser surpreendente o fato de todos amarmos os nossos cães. Simplesmente, os cães possuem as qualidades que todos procuramos nos nossos amigos, companheiras e ate nós próprios. Eles amam-nos incondicionavelmente. Eles querem estar conosco sem serem o centro das atenções. E perdoam quase instantaneamente.

Que mais poderiamos pedir?

Ah querem que eles puxem um trenó, guiem pessoas cegas, encontrem drogas, vão buscar caça, guardem ovelhas...

Tudo bem, eles também fazem isso!

E quando o trabalho do cão termina, ele vem e dorme no nosso colo, enrola-se aos nossos pés, mantêm a cama quentinha ou relembra-nos que temos de ir passear lá fora.

Sim tudo bem... Alguns cães babam-se muito... Que importância tem isso. A baba é apenas uma forma liquida de paixão! Quando um cão se baba esta apenas a dizer, "Biscoito? Tens um biscoito no bolso! Ui, como gosto de biscoitos. Que amigo que tu és, teres ai um biscoito no teu bolso. Pensas que não gosto de biscoitos? Olha para o meu rabo a abanar. Olha para este fio de baba a escorrer da minha boca! Vês, é assim que eu gosto de biscoitos."

Ah, sim e alguns cães largam pelo. Os pelos do cão nos estofos do carro ou numa camisola, são um cartão de visita. É o vosso cão a dizer: "Ei, sinto a tua falta. Não te esqueças de mim. Aqui está um bocadinho de mim até estarmos juntos outra vez."

E ainda há quem diga que o cheiro do cão, é algo negativo. Nada disso. Nunca reparou, é sempre o cheiro dos cães dos outros que tem um cheiro mais esquisito. O nosso cão cheira sempre bem. Esfregue o nariz no pelo do cão. Faça umas festinhas na barriguinha dele. Afague aquelas orelhinhas... Sente o cheirinho agradável? É um cheirinho agradável, porque é o nosso cão.

Talvez Gene Hill, o escritor da revista "Fieald and Stream" tenha descrito da melhor forma: "Quem disse que não se pode comprar felicidade, esqueceu-se dos cachorros".

Depois os cachorros tornam-se cães e vivem nos nossos corações. Quando morrem, nem acreditamos no vazio que deixam nas nossas vidas. Alguns de nós enchem esse vazio com histórias.

Outros deixam algum tempo passar e compram um cachorro.